Os lucros são privatizados e as implicações socioambientais são socializadas

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Um exemplo trágico do Brasil

As dimensões e as consequências em longo prazo da quebra das barragens de Bento Rodrigues em Mariana, que aconteceu no dia 5 de novembro, ainda não podem ser calculadas em sua real magnitude e complexidade. Três meses depois do crime ambiental fatal só se tem certeza de uma coisa: estamos lidando com a maior catástrofe ambiental na história da mineração brasileira.

A própria presidente Dilma Rousseff assumiu isso na conferência climática em Paris. Ela se referiu ao "comportamento irresponsável de algumas empresas", livrando indiretamente a si mesma e a seu governo de qualquer culpa.

A luta por pedidos de indenização já está em pleno andamento. Mas o que acontece com o meio-ambiente? Já é possível identificar os culpados? Quanto vale a natureza que foi destruída? O quão tóxico é a lama? Existe um perigo para a saúde dos residentes locais? Como o ecossistema foi afetado? Todas essas questões não foram respondidas pelas autoridades brasileiras. Ao usar Mariana como exemplo fica claro como o modelo de "desenvolvimento" brasileiro é controlado pelo capital em diversos aspetos e como empresas de mineração ditam a dinâmica das cidades de forma fatal.

Na palestra abordaremos a atual situação dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, assim como as causas e consequências econômicas, sociais, políticas e ambientais. Além disso, será tematizado o papel inglório dos envolvidos, bem como pontos de contato com a Europa e a Alemanha.

Igor Birindiba Batista, de Sete Lagoas/Minas Gerais, estudou política, economia, sociologia e história na Universidade de Bochum. Ele trabalha na educação política e é membro da diretoria da rede de grupos de solidariedade para o Brasil na Alemanha, "Kooperation Brasilien e.V." (KoBra).

 


Data: quarta- feira, 27 de janeiro de 2016

19.30 horas

Allerweltshaus